Ao praticar o joy conditioning, não só é possível reduzir a ansiedade como também cultivar uma sensação mais estável de bem-estar
Vivemos tempos marcados por incertezas. Tarifas comerciais flutuam, o clima e a política se tornam cada vez mais imprevisíveis, e a inteligência artificial promete revolucionar quase tudo. Em meio a esse cenário, empreendedores e profissionais em geral precisam desenvolver a inteligência emocional necessária para enfrentar a ansiedade — e uma sugestão simples pode ser surpreendentemente eficaz.
A proposta de jogar no ataque contra a ansiedade
Grande parte das estratégias conhecidas para lidar com a ansiedade envolve minimizar o estresse ou redirecionar sentimentos negativos. Mas a neurocientista Wendy Suzuki, da Universidade de Nova York, propõe uma abordagem proativa: em vez de apenas reduzir as emoções ruins, que tal aumentar as boas?
Para isso, ela recomenda a prática do que chama de joy conditioning, ou “condicionamento da alegria”. Trata-se de um exercício simples que envolve relembrar momentos felizes e reviver essas emoções de forma consciente — algo que pode ter um impacto direto sobre a forma como o cérebro lida com o medo e a preocupação.
Como funciona o joy conditioning
A técnica consiste em buscar memórias marcantes e positivas do passado e acessá-las deliberadamente. Suzuki, por exemplo, relembra uma aula de yoga em que recebeu uma massagem relaxante com óleo de lavanda. Ela mantém um pequeno frasco com o aroma na bolsa para evocar essa lembrança e reviver a sensação de bem-estar sempre que precisa.
A prática pode ser potencializada com elementos sensoriais como cheiros, músicas ou fotos, já que esses estímulos ativam áreas cerebrais ligadas à emoção e à memória. Mas o mais importante é que as lembranças sejam emocionalmente significativas e tragam conforto ou alegria imediata.
Angela Mathias