O governador do Mato Grosso Mauro Mendes defendeu que o União Brasil, sigla da qual é presidente regional, mantenha uma postura independente em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Defendo que seja um partido independente. Naquilo que for bom para o país, que apoie o presidente e esse governo, porque não podemos votar contra o Brasil. E, naquilo que for ruim para os estados brasileiros, devemos deixar de votar”, afirmou em entrevista ao podcast Broadcast, da Agência Estado.
Defendo que seja um partido independente. Naquilo que for bom para o país.
Mendes, que também integra o diretório e a Comissão Executiva Nacional do União, fez duras críticas à prática de troca de cargos por apoio político, a qual classificou como “velha política”.
E afirmou, ainda, que as decisões do União Brasil devem ser pautadas pelo interesse nacional.
“Eu defendo que o União Brasil apoie o Governo Federal naquilo que for bom para o país, que não barganhe cargo em troca de apoio, porque essa é a velha política que naufragou esse país. E que haja uma postura republicana diante dos desafios que o Brasil tem”, afirmou Mendes.
“Pode até ter cargo”
Atualmente, o União Brasil ocupa três ministérios no governo Lula: Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes).
Apesar disso, Mendes destacou que a presença da sigla no governo não deve ser condicionada a cargos.
“Pode até ter um cargo lá, o que não pode é trocar esses cargos por apoios ou por uma atuação que, em muitos momentos, não representa as melhores decisões para o país”, afirmou.
Centrão e Lula
Nos últimos dias, a relação do Centrão com o pesidente Lula (PT), esteve com momentos tenso por varias ocasiões. A reforma ministerial protagonizada pelo petista, trouxe um clima não muito animador entre a ala principal do centrão com o presidente. Primeiro ato foi a nomeação da petista Gleisi Hoffman para a Secretaria Relações Institucionais. Ate o momento o PT devera colocar aliados mais alinhado com a ideologia do partido para ocupar os principais cargo do governo, de acordo alguns analistas, esse cargo estaria mais assertivo com um membro do centrão, devido a dinâmica do acesso ao congresso.
Guilherme Boulos devera ser o próximo indicado a ocupar um cargo no primeiro escalão, para Secretaria-Geral, trazendo mais um momento de clima tenso entre o centro e o governo PT. Porem em bastidores existem a expectativa do governo distribuir três cargos para agradar o centrão: pastas das Mulheres, de Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento Agrário.