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A importância do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

09/04/2024

Índice de Desenvolvimento Humano é um indicador de desenvolvimento de um país que leva em consideração não só o crescimento econômico mas também aspectos sociais.

IDH, sigla para Índice de Desenvolvimento Humano, é uma medida de desenvolvimento de um país, que avalia não só os aspectos econômicos mas também sociais, considerando que não é apenas a economia que mede o avanço de uma população. Utilizado como parâmetro mundial, o IDH permite comparar a qualidade de vida de cada país, identificando o seu desenvolvimento socioeconômico e orientando as possíveis medidas a serem tomadas naquilo que se encontra deficiente. Todos os anos os países são avaliados, avaliação essa que possibilita a Organização das Nações Unidas interferir, por meio da elaboração de políticas de ajuda humanitária, nos territórios que apresentem essa necessidade. No entanto, vale ressaltar que, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD Brasil), o IDH não deve ser considerado um medidor de felicidade ou o indicador do melhor lugar para viver, pois não leva em consideração todos os aspectos necessários para chegar-se a essa conclusão, como equidade, sustentabilidade, democracia, entre outros.

Quem criou o IDH?

IDH foi criado em 1990 por Mahbub ul Haq, economista paquistanês, em colaboração com Amartya Sen, economista indiano e ganhador do prêmio Nobel de economia de 1998. O Pnud — órgão da Organização das Nações Unidas que visa promover o desenvolvimento dos países e acabar com a pobreza — utiliza o IDH como medida comparativa para avaliar os países-membros da organização. É hoje um dos principais indicadores do Relatório para o Desenvolvimento Humano (RDH), considerado pela ONU como um importante instrumento no progresso do desenvolvimento humano no mundo. Esse relatório é divulgado nacional, global e anualmente.

O que o IDH leva em consideração?

O desenvolvimento de um país geralmente está associado ao seu crescimento econômico medido pelo seu Produto Interno Bruto, que se refere à soma de todos os bens e serviços produzidos durante um determinado período, normalmente um ano. Contudo, não é esse o único aspecto a ser analisado para fazer essa avaliação. Assim, o IDH leva em consideração aspectos que estão relacionados à qualidade de vida, sendo três principais:

Educação

Refere-se ao nível de conhecimento da população. Para isso são observadas as taxas de alfabetização, de escolarização e o grau de instrução que se referem à média de anos de estudos de um adulto (a partir dos 25 anos) e à expectativa de anos escolares para cada criança. Esse resultado mostra como as políticas públicas de cada país atuam na educação a fim de promover o acesso à escola e a diminuição da evasão escolar.

Saúde:

Refere-se à qualidade de vida. Para isso é observada a esperança de vida ao nascer, levando em consideração o número de mortes precoces condicionadas ao acesso à saúde, no que tange aos tratamentos, medicamentos e vacinas, às causas da mortalidade infantil e também às taxas de violência.

Renda:

Refere-se à possibilidade de um nível de vida com dignidade. Para isso é observado o PIB per capita — que é o Produto Interno Bruto dividido pelo número de habitantes da área, indicando o que cada pessoa produziu. Esse é um indicador do padrão de vida de cada pessoa.

Como é calculado o IDH?

O cálculo do IDH é feito anualmente e trata-se de uma média entre as três dimensões consideradas na análise: renda, saúde e educação, tendo cada dimensão o mesmo peso no cálculo a ser realizado. Para cada uma delas, é criado um índice, que seleciona os valores mínimo e máximo, entre 0 e 1, a fim de chegar-se a uma média.|1| Por exemplo: -Saúde Para chegar-se à média do índice de expectativa de vida de um determinado lugar, dão-se os valores máximo e mínimo. Veja: Suponhamos que o valor máximo de expectativa de vida é de 80 anos, e o mínimo, de 20. Verifica-se a real expectativa de vida desse lugar, por exemplo 72 anos. Calcula-se então: 72-20 dividido por 80-20 que resulta em: 0,866 -Educação Para chegar-se à média do índice de escolaridade de um determinado lugar, dão-se os valores máximo e mínimo. O valor máximo é 100% da população alfabetizada, e o mínimo é 0%. Suponhamos que a taxa de alfabetização desse lugar seja de 78,6%. Calcula-se então: 78,6 - 0 dividido por 100 - 0 = 0,786 E assim é feito com os demais índices dessa dimensão, como a taxa de escolarização e o grau de instrução. -Renda Para chegar-se à média do índice de vida digna por meio do PIB per capita, o cálculo é feito segundo o logaritmo do rendimento. Esse cálculo é mais complexo em valores máximo e mínimo de dólares. É necessário, para tanto, verificar qual o PIB per capita do país. Veja: Suponhamos que o PIB per capita seja de US$ 8000, o valor máximo seja de US$ 40.000 e o mínimo de US$ 100. Calcula-se em escala de logaritmo, chegando a um valor aproximado de 0,700. Assim, chegando-se às médias de cada dimensão, é feita a média entre os três resultados, obtendo-se então no Índice de Desenvolvimento Humano. Quanto mais próximo de 0 o resultado, pior é a qualidade de vida no país. Ou seja, há deficiências na área da saúde, educação e/ou renda. Quanto mais próximo de 1, melhor é a qualidade de vida no país, mostrando que as políticas públicas bem como a economia vão bem. O IDH é classificado em: baixo, médio, alto e muito alto.

Brasil ocupa o número 89 no ranking de IDH

O Brasil ocupa o número 89 no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), de acordo com novo relatório divulgado pela Organização nesta quarta-feira (13). A lista tem 193 países. No topo do ranking estão Suíça, Noruega e Islândia. República Centro-Africana, Sudão do Sul e Somália, todos no continente africano, ocupam as três últimas posições. O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento aponta que os avanços foram profundamente desiguais, após a crise provocada pela pandemia em 2020 e 2021, quando o relatório registrou pela primeira vez quedas nos índices globais. Países ricos experimentam níveis recorde de desenvolvimento humano. Por outro lado, entre os 35 países menos desenvolvidos, 18 ainda não retornaram aos níveis de 2019. A Chefe de Estatística do Escritório que elabora o índice, Yanchun Zang observa que a recuperação em 2022 ainda não foi suficiente para o nível global voltar ao patamar de pré-pandemia. E chama a atenção para as grandes divergências entre os países. “A recuperação do IDH foi desigual. Enquanto todos os países da OCDE se recuperaram, apenas metade dos países menos desenvolvidos fizeram o mesmo. Os mais pobres e mais vulneráveis da comunidade internacional estão sendo deixados para trás”. Outra preocupação trazida no relatório são os discursos contrários à cooperação global necessária para lidar com questões urgentes. No evento de apresentação do relatório, o secretário-geral da ONU, Antônio Guterrez, declarou que o mundo vive uma era de polarização. “Entre as comunidades e através das regiões, as pessoas estão sendo afastadas umas das outras pelo aumento da desigualdade, a escalada de conflitos e as catástrofes climáticas. A desinformação e a quebra da confiança estão esgarçando o tecido social e reduzindo o espaço para o debate público propositivo”. Segundo o relatório, o avanço da ação coletiva internacional também é prejudicado por uma incoerência que tem sido notada em pesquisas: enquanto 9 em cada 10 pessoas em todo o mundo apoiam a democracia, mais da metade dos entrevistados em pesquisas globais expressam apoio a líderes que podem minar o processo democrático. O relatório destaca ainda que a desglobalização não é viável nem realista no mundo atual e que a interdependência econômica continua elevada. Segundo os autores, nenhuma região do mundo está próxima da autossuficiência e todas dependem de importações de outros locais.

IDHM

Segundo o IDHM, os 100 municípios com melhor qualidade de vida encontram-se principalmente na região Sudeste e na região Sul do país. Segundo o Pnud Brasil, São Caetano do Sul, no estado de São Paulo, lidera o ranking com IDHM de 0,862. A última posição é ocupada por Melgaço, no Pará, com IDHM de 0,418. Para saber mais sobre o assunto, baixe a tabela abaixo: IDH dos municipios. Abel Junior/Atlas Brasil

Clique aqui para o download do arquivo: IDHM Municípios

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