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Líder Xavante recebia R$ 900 mil mensais por esquema, diz PF

17/03/2022

Fazendeiros pagavam propina a servidores da Funai para prática de pecuária na TI Marãiwatsédé

Um dos alvos da Operação Res Capta, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (17), o cacique Xavante Damião Paridzane recebia aproximadamente R$ 900 mil por mês pelos quinze arrendamentos ilegais realizados na Terra Indígena Marãiwatsédé. Conforme a PF, o esquema de corrupção envolvia, além do cacique, fazendeiros e servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Ribeirão Cascalheira (a 880 km de Cuiabá). Segundo as investigações, a terra era usada para a criação de gado. Foi constatado que servidores da Funai de Ribeirão Cascalheira estariam cobrando propina de grandes fazendeiros da região para direcionar e intermediar os arrendamentos. Exames periciais apontaram extenso dano ambiental provocado por queimadas para formação de pastagem, desmatamento e implantação de estruturas voltadas à atividade agropecuária. Apenas em quatro dos quinze arrendamentos ilícitos, o valor para reparação do dano ambiental é estimado em mais de R$ 58,1 milhões. A Justiça Federal em Barra do Garças, que autorizou a operação, deu prazo de 45 dias para que os fazendeiros que estão arrendando terras no Interior da Reserva Indígena desocupem a área e retirem de lá todo o gado, estimado em aproximadamente 70 mil cabeças. Caso a ordem judicial seja descumprida, poderá ser decretada a prisão dos arrendatários – já qualificados – assim como determinado o sequestro de todo gado inserido na Reserva Indígena. Fonte: midianews

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