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MT se aproxima da marca histórica de 100 mi t com protagonismo do milho

14/06/2023

Mais do que um novo recorde, a produção agrícola de Mato Grosso pode registrar um feito histórico na safra 2022/23: se aproximar de 100 milhões de toneladas. Tão inédito quanto o volume, é observar que esse saldo positivo se deve, e muito, ao milho segunda safra. A cultura vai se consolidando e deverá liderar o resultado da atual temporada ao confirmar mais milho do que soja no Estado. A nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada ontem (13), revela que Mato Grosso, maior produtor nacional de grãos há doze safras seguidas, deverá colher 97,47 milhões de toneladas neste ciclo, volume que se confirmado, aplicará um crescimento de 12,7% sobre o recorde da safra passada, quando foram produzidas 86,48 milhões. De um ano-safra ao outro há um adicional de quase 11 milhões t. Ainda sobre números inéditos, a oferta projetada a Mato Grosso ultrapassa a média de 28% a 29% do total nacional. Se tudo se confirmar conforme projeção da Companhia, a safra mato-grossense representará sozinha, quase 31% de tudo que o País deverá contabilizar em 2022/23. A estimativa é de que o Brasil oferte 315,8 milhões t. As três maiores culturas de Mato Grosso têm projeção de alta na comparação com a safra 2021/22 e o destaque segue com o milho segunda safra, ou safrinha, cuja estimativa é de somar recorde de 47,54 milhões t e assim superar a oferta local de soja. Com a colheita da oleaginosa já consolidada no Estado, a Conab registra produção de 45,60 milhões t, que mesmo sendo recorde, não foi suficiente para se sobressair ao cereal. “Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para a safra da oleaginosa, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas. Bahia também é um destaque com a maior produtividade do país com 4.020 kg/ha. Nos dois casos, o resultado é reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis neste ciclo”, ressalta o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos. Conforme os números para o Estado, a produção de algodão em pluma cresce 18,8% passando de 1,76 milhão t para 2,09 milhões t. A soja, cuja área plantada aumentou 13,6%, ultrapassando 12 milhões de hectares – superfície inédita – aumentou em 9,9% a oferta, passando de 41,49 milhões t para 45,60 milhões t. Já o milho, com alta anual de 15,7% na oferta, deverá finalizar o ciclo com 47,54 milhões t ante 41,10 milhões t. Em relação à área plantada, a expansão foi de 13,6%, saindo de 6,48 milhões de hectares para 7,36 milhões, registro também inédito.

NACIONAL – Os produtores brasileiros deverão colher 315,8 milhões de toneladas na safra de grãos 2022/2023, aponta para novo recorde de produção podendo registrar um crescimento de 15,8%, o que representa um volume 43,2 milhões de toneladas superior ao estimado no ciclo anterior, como revela o 9º Levantamento da Safra de Grãos. De acordo com o documento, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 4,8% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 78,1 milhões de hectares. “Esta estimativa marca um recorde na produção de grãos no nosso país, reafirmando o campo agrícola como um setor fundamental para o desenvolvimento brasileiro”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto. “Vamos manter e aprimorar o trabalho de inteligência da Conab, focado na agricultura brasileira“, completou. A soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo. Com a colheita praticamente finalizada, chegando a 99,9% da área semeada, a estimativa é de um volume de 155,7 milhões de toneladas. O resultado supera em 24% a produção da temporada passada, ou seja, cerca de 30,2 milhões de toneladas colhidas a mais. Para o milho, a projeção também é de um novo recorde com produção estimada em 125,7 milhões de toneladas, somando-se as três safras do cereal ao longo do ciclo, é 11,1% acima do volume produzido em 2021/22, o que representa 12,6 milhões de toneladas. Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas. “As condições climáticas têm sido favoráveis para o desenvolvimento da cultura até o momento”, pondera Vasconcellos. Outra importante cultura de 2ª safra, o algodão tem uma colheita estimada de 2,98 milhões de toneladas apenas da pluma. As lavouras apresentam um bom desenvolvimento, e predominam os estádios de formação de maçãs e maturação, com a colheita já iniciada em áreas da Bahia e Mato Grosso do Sul. Para o arroz, a expectativa é que sejam colhidas cerca de 10 milhões de toneladas na safra 2022/23. Já para o feijão, é esperada uma produção em torno de 3 milhões de toneladas, somando-se as três safras da leguminosa.

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