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Rio Grande do Sul: 250 presos foram mandados para casa, e alguns voltaram a cometer crimes

16/05/2024

Recentemente, o Rio Grande do Sul enfrentou severas enchentes que provocaram estragos significativos em várias cidades, afetando inclusive o sistema penitenciário. Devido ao alagamento de algumas unidades, aproximadamente 250 presos que cumpriam pena em regime semiaberto foram liberados emergencialmente, despertando debates sobre a segurança e as implicações dessa decisão.

Quais presídios foram afetados e que medidas foram adotadas?

Os presídios afetados incluem a Penitenciária Estadual de Jacuí, o Instituto Penal de Charqueadas e o Instituto Penal de São Jerônimo. A liberação dos detentos foi uma medida de emergência para preservar a vida e a integridade física dos encarcerados frente ao avanço das águas, que inundaram celas e comprometeram a infraestrutura das penitenciárias.

Repercussões da liberação dos presos

O presidente do Sindicato da Polícia Penal (Sindppen-RS), Cláudio Dessbessell, expressou preocupação com a liberação indiscriminada dos presos. Segundo ele, entre os beneficiados havia criminosos de alta periculosidade, como latrocidas, estupradores e assassinos, que se misturaram à população afetada pela catástrofe. Essa situação já resultou em novos atos criminosos, incluindo um caso de furto flagrado pela polícia civil.

Postura do governo e infraestrutura penal comprometida

O Secretário do sistema penal e socioeducativo do estado, Luiz Henrique Viana, defendeu a ação, explicando que a decisão foi uma medida extrema diante do cenário de emergência. Ele garantiu que apenas prisioneiros do regime semiaberto, que já possuíam alguma liberdade de movimento, foram liberados e que o monitoramento por tornozeleira eletrônica foi comprometido devido a falhas no sistema de energia e comunicação.

-Desafios Técnicos: O alagamento danificou equipamentos vitais para o controle e segurança dos presídios, afetando desde computadores administrativos até sistemas de segurança essenciais. -Impacto Humano: Muitos funcionários das penitenciárias também foram afetados pessoalmente pelas enchentes, alguns perdendo suas residências ou encontrando-se impossibilitados de substituir colegas, o que sobrecarregou ainda mais o sistema penal.

Conclusões e encaminhamentos necessários

A crise ocasionada pelas enchentes no Rio Grande do Sul trouxe à tona a necessidade urgente de revisão dos protocolos de emergência em penitenciárias e a revisão da infraestrutura e logística de segurança pública. Além disso, a situação destacou a necessidade de investimentos em sistemas de monitoramento mais resilientes e eficazes, que não falhem mesmo diante de condições adversas extremas. A solução para crises como essa passa por uma gestão pública mais estratégica e previdente, que possa garantir a segurança e o bem-estar não apenas dos prisioneiros, mas também da população geral

É tempo de reavaliação e ação para evitar futuras crises

No cenário atual, medidas como a suspensão de visitas íntimas e a implementação completa do uso de tornozeleiras eletrônicas são essenciais para garantir a segurança. Ajustes na resposta a catástrofes precisam ser implementados, com planos de contingência robustos e prontos para serem acionados para proteger todos os envolvidos. Camilly Alves Silveira, Abel Junior

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