A Prefeitura de Cuiabá ainda não encontrou uma solução para o impasse do estacionamento rotativo e se vê “amarrada” a um contrato firmado durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Atualmente, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) tramita na Câmara de Vereadores para investigar irregularidades no serviço prestado pela empresa CS Mobi, responsável pela gestão do estacionamento na Capital.
Em meio as movimentações, a administração municipal tenta romper o contrato, mas obstáculos jurídicos dificultam a rescisão. Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real (canal 10.1), na quinta-feira (6), o presidente da Comissão de Apoio Técnico de Renegociação de Contratos da Capital, Murilo Bianchini, destacou a complexidade do caso.
“Essa é uma das heranças que a gestão do prefeito Abílio Brunini recebeu. É um contrato extremamente amarrado, né? Onde hoje a gestão do prefeito Abílio, mesmo que nós queiramos suspender esse contrato, cancelar esse contrato, a gente vai ter aí um valor de R$ 130 milhões de multa a pagar”, explicou Bianchini.
presidente da comissão ainda ressaltou que a prefeitura tem duas opções: manter o contrato e pagar R$ 650 mil por mês ou rescindi-lo, assumindo uma dívida de R$ 135 milhões. Em ambas as situações, segundo Bianchini, a população sai prejudicada.
“Então, ou a gente paga R$ 650.000 por mês e mantém do jeito que está, ou a gente cancela e vai para R$ 135 milhões de dívida. Das duas formas, eu vejo e o prefeito também enxerga que a população está sendo penalizada. Estamos discutindo através da Procuradoria Geral do Município, da Controladoria Geral do Município, um meio, né, para que nós possamos trazer para esse contrato um serviço que realmente seja benefício para a população”, completou.
Allan Mesquita